Principais doenças cardíacas causadas pela hipertensão.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), popularmente conhecida como pressão alta, é uma das condições crônicas mais prevalentes no mundo e representa um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Quando não é devidamente controlada, a pressão arterial elevada provoca alterações estruturais e funcionais no sistema cardiovascular, comprometendo a saúde do coração e aumentando significativamente o risco de complicações graves e até fatais.
Como a hipertensão afeta o coração
A hipertensão impõe uma sobrecarga constante sobre as paredes das artérias, obrigando o coração a trabalhar mais para bombear o sangue. Com o tempo, essa pressão excessiva provoca hipertrofia ventricular, remodelamento cardíaco e acelera o processo de aterosclerose. Além disso, favorece a formação de microlesões nos vasos, facilitando o acúmulo de placas de gordura e coágulos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão está associada direta ou indiretamente a mais de 50% das mortes por doenças cardiovasculares.
- Insuficiência Cardíaca
A pressão alta prolongada força o coração a trabalhar de forma mais intensa, provocando espessamento do músculo cardíaco (hipertrofia ventricular esquerda). Embora inicialmente esse processo seja uma tentativa de compensação, com o tempo o músculo perde a capacidade de contrair e relaxar adequadamente, levando à insuficiência cardíaca. Condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo.
Sintomas mais comuns: falta de ar, cansaço extremo, inchaço nos membros inferiores e dificuldade para realizar atividades cotidianas.
- Doença Arterial Coronariana (DAC)
A hipertensão contribui para o desenvolvimento da aterosclerose, processo inflamatório crônico que leva ao acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias. Esse estreitamento reduz o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco, causando angina (dor no peito) e aumentando o risco de infarto agudo do miocárdio.
Dado relevante: estudos mostram que indivíduos hipertensos têm risco até 3 vezes maior de desenvolver doença coronariana em comparação a pessoas com pressão normal.
- Arritmias Cardíacas
A pressão elevada pode alterar a estrutura e a condução elétrica do coração, favorecendo o surgimento de fibrilação atrial e outras arritmias. Essas alterações aumentam o risco de formação de coágulos dentro do coração, que podem se deslocar para o cérebro, causando acidente vascular cerebral (AVC).
- Cardiomiopatia Hipertensiva
Trata-se de um conjunto de alterações estruturais no músculo cardíaco decorrentes da sobrecarga imposta pela hipertensão crônica. Com o tempo, o coração perde elasticidade, resultando em menor capacidade de enchimento e ejeção de sangue. Essa condição pode evoluir para insuficiência cardíaca de difícil controle.
- Disfunção Diastólica
Mesmo antes da insuficiência cardíaca se instalar, a hipertensão pode comprometer o relaxamento do ventrículo esquerdo, levando à chamada disfunção diastólica. Essa alteração é frequentemente subdiagnosticada, mas pode causar sintomas como falta de ar aos esforços e fadiga persistente.
Prevenção e acompanhamento
Controlar a pressão arterial é a medida mais eficaz para prevenir doenças cardíacas associadas à hipertensão. Isso inclui:
- Monitoramento regular da pressão.
- Adoção de dieta equilibrada com baixo teor de sódio.
- Prática regular de atividade física.
- Controle do peso corporal.
- Abandono do tabagismo.
- Acompanhamento médico periódico, especialmente com cardiologista.
Conclusão
A hipertensão arterial é silenciosa na maioria dos casos, mas suas consequências para o coração podem ser graves e irreversíveis se não tratada de forma adequada. Reconhecer o risco e manter o controle pressórico são passos fundamentais para proteger a saúde cardiovascular.
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